A jovem tenista norte-americana Coco Gauff, de 21 anos, derrotou neste sábado (7) de virada a belarussa Aryna Sabalenka, 27, por 2 sets a 1 (6/7 (5), 6/2 e 6/4) e faturou seu primeiro título no saibro de Roland Garros, em Paris.
O aguardado e disputado duelo de 2h38 em que a vice-líder do ranking desbancou a líder representou o segundo título de Grand Slam em simples da tenista natural de Atlanta, na Geórgia—ela já conquistou o US Open, em 2023, quando tinha apenas 19 anos, vencendo a própria Sabalenka na ocasião, também de virada.
Gauff já havia sido finalista no torneio de Roland Garros em 2022, quando ficou com o vice em final disputada contra a polonesa Iga Swiatek, tetracampeã no saibro parisiense.
Gauff é a primeira tenista dos Estados Unidos a triunfar em Roland Garros desde 2015, quando Serena Williams venceu pela terceira vez. Gauff também se tornou a estadunidense mais jovem a vencer o torneio desde o primeiro título de Roland Garros de Serena Williams, em 2002, aos 20 anos.
Com os 2.000 pontos conquistados neste sábado, a tenista mantém a vice-liderança no ranking e subirá da quinta para a segunda posição na corrida para o WTA Finals, em Riad, na Arábia Saudita. A premiação prevista à campeã no Grand Slam é de 2,55 milhões de euros (R$ 16,2 milhões) e de 1,275 milhão de euros para a vice (R$ 8,1 milhões).
“Passei por muita coisa desde que perdi aqui, há três anos [para Swiatek]. Sinceramente, não achei que conseguiria”, disse Gauff, às lágrimas, durante seu discurso.
Apoiadora da candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 e em meio à nova gestão do republicano Donald Trump, a tenista dedicou a vitória a “pessoas que se parecem comigo” politicamente.
“Lembro que depois da eleição, senti um certo desânimo e minha mãe me disse em Riad (em novembro de 2024): ‘Tente vencer o torneio, só para dar um motivo para as pessoas sorrirem’. Foi nisso que eu estava pensando hoje enquanto segurava o troféu”, afirmou Gauff.
“Definitivamente sou patriota e tenho orgulho de ser americana e de representar os americanos que se parecem comigo e as pessoas que apoiam as coisas que eu apoio”, acrescentou ela.
Em um dia de forte vento em Paris, o primeiro set foi o mais disputado da final. Sabalenka chegou a abrir 4 games a 1 de vantagem na primeira parcial e sacou para o set em 5 a 4, mas viu Gauff reagir para levar a disputa para o tie-break.
No tie-break, foi a americana quem abriu 4 a 1, apenas para ver a belarussa virar com dois voleios certeiros para fechar em 7 a 5, após 1h17 de jogo.
No segundo set, Gauff voltou impondo um ritmo mais intenso, com uma série de potentes golpes vencedores, quebrou o serviço de Sabalenka em três games, contra apenas um serviço perdido, para fechar em 6 a 2.
No terceiro e decisivo set, as quebras de serviços se mantiveram para ambos os lados, mas a norte-americana novamente foi melhor nos momentos mais decisivos, abrindo a vantagem em 4 a 3 e mantendo o serviço nos games seguintes para fechar a parcial em 6/4 e a partida.
Em busca de seu quarto título de Grand Slam e o primeiro no saibro, Sabalenka se emocionou ao abordar seu desempenho em quadra. “Mostrar um tênis tão ruim na final dói muito”, afirmou ela, que chegou ao segundo vice-campeonato de Grand Slam em 2025 —no Aberto da Austrália, ela parou na também americana Madison Keys.
O caminho de Gauff até este sábado teve justamente a compatriota Keys, 8ª do ranking, nas quartas de final e a surpresa da competição, a francesa Loïs Boisson, 361ª do ranking, na semifinal.
Já Sabalenka deixou para trás a chinesa Qinwen Zheng, número 7, e se impôs sobre Iga Swiatek, atual número 5 e vencedora das últimas três edições de Roland Garros.
Publicado em: 2025-06-07 13:09:00 | Autor: |