O que era para ser uma viagem de celebração e visibilidade LGBTQIAPN+ virou um pesadelo para os influenciadores brasileiros Beto Martinne e Murilo Lorran. Convidados oficialmente pelo Consulado de Israel para participar da Parada LGBTQIAPN+ em Tel Aviv, os dois se viram em meio a uma zona de guerra após o início da “Operação Rising Lion”, ofensiva militar lançada por Israel contra o Irã em 13 de junho de 2025.
Beto, ator e criador de conteúdo, relatou nas redes sociais o impacto psicológico de viver sob bombardeios e alertas de ataque. Embora tenha garantido estar em segurança, ele revelou que o aeroporto de Tel Aviv foi fechado, sem previsão de reabertura, o que os impede de retornar ao Brasil. Em vídeos apagados e stories no Instagram, o influenciador compartilhou sua angústia e o desejo de voltar para casa.
Murilo Lorran, modelo e tiktoker com mais de 3 milhões de seguidores, também compartilhou momentos ao lado de Beto, inclusive vídeos performáticos de catwalk — uma expressão artística comum na cultura LGBTQIAPN+. No entanto, a exibição de leveza em meio ao caos gerou críticas e questionamentos nas redes sociais sobre a escolha de viajar para uma região instável.
Em resposta, Beto explicou que a viagem foi institucional e que Tel Aviv era considerada segura antes do início do conflito. A escalada da violência, no entanto, pegou todos de surpresa. A ofensiva militar já deixou centenas de mortos e feridos, atingindo inclusive áreas civis em Teerã e Tel Aviv.
A situação dos influenciadores brasileiros evidencia os riscos de viagens internacionais em tempos de instabilidade geopolítica e como a busca por engajamento nas redes pode, por vezes, levar a consequências inesperadas e perigosas. Entre bunkers, sirenes e incertezas, o episódio levanta um alerta sobre os limites entre visibilidade, turismo e segurança pessoal.
Publicado em: 2025-06-17 19:53:00 | Autor: PaiPee |